quinta-feira, 6 de outubro de 2011

INSPIRAÇÕES 8

Tem este vídeo do YouTube que mostra um pouco sobre o trabalho de Sarah Small. Mas, tem outro em Vímeo - http://vimeo.com/27949634 - que mostra um Sarah Small's Tableau Vivant. Maravilha. Realmente algo inspirador no sentido de que se trata de um espetáculo visualmente poderoso que não pode ser classificado, rotulado como teatro nem dança nem ópera, embora tenha um pouco de cada uma destas coisas. 

domingo, 3 de julho de 2011

INSPIRAÇÕES 7

Quando se fala em "metamorfose" a primeira coisa que todo mundo lembra é o romance de Kafka no qual George Samsa acorda certa manhã metamorfoseado em barata. Para relembrar a história é so clicar e assistir este vídeo. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

LEITURAS COMPLEMENTARES 2

Outra de minha leituras. Outra busca. Ileana examina o conceito de liminalidade, situação liminal, limiar. Dedica-se ao exame de teatralidades que se encontram próximas do real. Todo livro é muito instigante. Me fez pensar muito em orientar, não a minha pesquisa, mas as minhas cenas, ou as criações poéticas que pretendo desenvolver, na direção proposta pela autora.
Conheci Ileana em São Paulo onde participei de uma oficina com ela. O conteúdo da oficina é similar ao do livro: trata de manifestações performáticas de artistas que atuam radicalmente na liminalidade. 

LEITURAS COMPLEMENTARES 1

Seguindo na vertente proposta por Hans-Thies Lhemann de classificar o teatro pós-moderno de teatro pós-dramático, Guinsburg e Sílvia Fernandes organizaram uma pequena coletânea de textos que perguntam se pós-dramático é um conceito operativo. Li o livro numa tentativa de aprofundar meus conhecimentos sobre o tema. Isto nem sempre foi possível porque alguns textos não são muito bons. Divagam pelo tema. Mas, entre eles, Matteo Bonfitto se questiona sobre as exigências, preparação e o papel do "ator pós-dramático". formula muito bem suas idéias e me fez pensar em orientar minha pesquisa no sentido de encontrar procedimentos teóricos e práticos sobre a orientação e condução de atores pelo mundo do teatro pós-dramático. Mas, acho que isso pode ser uma decorrência do trabalho e não seu eixo principal.

EM QUE PÉ ANDA MEU PROJETO 2

Novíssimos impasses. Por onde ir? O que ler? Velhíssimos questionamentos. Porque fazer teatro? Porque continuo fazendo teatro ao longo de todos estes anos? Que tipo de arista sou eu? Tenho como escapar da mediocridade ou estou preso a precariedade do teatro portoalegrense? O que eu gostaria de fazer em teatro? Que desafios devo me impor? O que quero provar ou mostrar com o teatro que fiz até agora? Com que vivências pessoais posso contar? Quais são as minhas memórias mais importantes e significativas? Quais são os meus interesses nas artes cênicas?
Ando procurando um referencial teórico, imagético e visual como base para minha pesquisa.  Sempre busquei alguma forma de transgredir, ultrapassar, ir de encontro ao novo. Que novo? O que é o "novo"? Por que esta necessidade de alcançar algo novo? Que novidades permeiam os meus trabalhos já realizados? 
E por aí vai. Incertezas. Escuridão. Um processo que começa num turbilhão de perguntas sem respostas. E, pior, sem encontrar a pergunta certa.

sábado, 28 de maio de 2011

INSPIRAÇÕES 6



Originalmente o projeto previa a criação de cinco mini-peças em cinco locais não-teatrais diferentes. Uma fonte de inspiração em relação a um espaço não-convencional é o Jardim Botânico. Apesar de estar diferente, porque, afinal de contas, 40 anos se passaram, o parque exerce uma forte referência em minha memória, pois durante minha infância e boa parte da adolescência fui assíduo frequentador do Jardim Botânico e morador do bairro que recebeu seu nome.
O local me inspirou a seguinte ideia: Um elenco composto por umas 24 pessoas. Todas mulheres? Não lembro da visão. Todas deveriam fazer os mesmos movimentos durante um deslocamento, porém cada uma delas teria um tempo determinado para executar um trajeto que seria o mesmo para todos. Por exemplo: enquanto a pessoa número 1 deve percorrer o trajeto em 12 minutos, o ator número 2 teria que percorrer o mesmo trajeto em, digamos, 6 minutos. Um terceiro ator teria 3 minutos, e assim por diante. Quanto à metamorfose, pensei em transformar árvores em pessoas nuas. Como? Ainda não sei, mas pensei em confundir os atores entre árvores do parque, e criar a ilusão que estás pessoas também são árvores, para num segundo momento fazê-las transformar-se em pessoas que executam uma coreografia baseada no tempo para percorrer um trajeto. A movimentação, os corpos, a expressão, poderiam lembrar o butoh. O tempo seria determinante como ponto de partida para a cena.

SAIU A BOLSA


Viva! Maravilha! Hoje recebi o comunicado que fui ganhei uma bolsa de estudos. Fui chamado na secretaria do pós para assinar um documento que oficializa o ato. Muito bom: sou bolsista da Capes. Vou receber um salário para estudar e realizar minha pesquisa. É claro, que isso aumenta minha responsabilidade. Mas, propicia com que eu dedique mais tempo ao mestrado e à minha pesquisa. Afinal, é justamente para isso que a bolsa serve. Assim, que receber meu primeiro salário começo um curso de línguas.
Ilustração: Marianna Gartner

INSPIRAÇÕES 5

Mais um fragmento de uma obra do multi artista belga Jan Fabre. Desta vez um trecho de Prometeus. 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PRECISA-SE DE PROBLEMA



Nenhuma novidade. Continuo elaborando o projeto em minha cabeça. pensando sobre qual, ó raios, é a questão central da pesquisa. Verifico o que já tenho: tempo, espaço, corpo e palavra. Cada uma destas palavras deverão servir como ponto de partida para investigações a respeito das suas possibilidades de uso nas artes cênicas. Me dou conta que isso já vem sendo analisado e praticado por diversos encenadores e teóricos, e mesmo eu, em alguma instância, já tive oportunidade de pesquisar cada uma destes termos. Será que eu deveria criar uma questão específica para cada uma delas? Qual seria, então, a questão central? O que realmente quero fazer? Qual o problema, a questão, que pretendo investigar?
Não sei bem se esta é a questão central, mas bem que poderia ser a seguinte: pesquisar um método de "traduzir" cenicamente um "material bruto" oriundo de diversas áreas do conhecimento humano. Como? Eis a questão.
ILUSTRAÇÃO: metamorfose 3, proença moutinho

EM QUE PÉ ANDA MEU PROJETO


Em que pé anda meu projeto? Não anda. Simplesmente, não anda. Não apenas por falta de tempo, mas também porque me desapaixonei pelo projeto. Comecei a achar que minha proposta é ultrapassada, visto que se ancora em ideias contidas num livro escrito em 1999. Muitos dos procedimentos esmiuçados no livro Teatro Pós-Dramático, eu mesmo já tive oportunidade de experimentar e/ou utilizar. Percebo agora que, durante os anos 90, trabalhei sobre alguns conceitos e procedimentos ligados a uma pesquisa que Jerzy Grotowski desenvolveu nos anos 60, principalmente no que diz respeito à relação ator-espectador, palco-plateia, espaços não convencionais, disciplina no trabalho do ator, etc. Depois, vieram ideias que Tadeusz Kantor perseguiu em seus trabalhos realizados na década de 70. E agora, meu projeto propõe uma investigação sobre conceitos pós-dramáticos levantados por Lehmann num livro publicado em 99, que busca explicar procedimentos utilizados por grupos e encenadores dos anos 70, 80 e 90. Logo depois da prova para ingressar no mestrado, repensei meu projeto e comecei e sentir que estava trabalhando sobre algo que eu já vinha investigando: teatro contemporâneo. A pesquisa somente poderá interessar se aprofundar oos conceitos de corpo, espaço, tempo e palavra, levando-os para além do que Lehmann explicita em seu livro.
O que importa é a palavra mote: metamorfose. Esta palavra deve detonar e conduzir o processo de criação de um ou mais artefatos cênicos. 
ilustração: metamorfose 2, proença moutinho

segunda-feira, 11 de abril de 2011

INSPIRAÇÕES 4

enquanto espero ansiosamente meu primeiro encontro com minha orientadora, para desabafar minhas indecisões quanto ao projeto apresentado. parece, que somente a partir de uma conversa com a orientadora poderei avançar na definição do projeto e da tal questão a ser respondida. enquanto isso não acontece, vou colecionando algumas fontes de inspiração. mais um vídeo de butoh. desta vez uma performance de um bailarino japonês: Koji Motoki - Tomoko Maizawa. infelizmente, está assim no youtube e não consegui descobrir qual é o nome do bailarino, ou será o nome da coreografia? ou da cia.?  mas é um trabalho muito forte que reforça minha vontade de experimentar alguma coisa nessa linguagem tão forte, tão carregada de expressividade e carga dramática.

domingo, 10 de abril de 2011

METAMORFOSE – AS DISCIPLINAS



Primeiro semestre de mestrado. Inimaginável. Algo que eu jamais pensei que um dia eu fosse fazer. Estou matriculado em 4 disciplinas:
- Pesquisa em Artes Cênicas (Mirna Spritzer e Vera Bertoni)
- Estudos Avançados em Artes Cênicas (Marta Isaacsson e Clóvis Massa)
- Performance e Espetacularidade (Inês Marocco)
- Poéticas do Corpo na Cena Contemporânea (Mônica Dantas)
As duas primeiras são obrigatórias, as outras duas são eletivas. A primeira é importante para a formulação do próprio projeto. A segunda e a última são muito importantes porque se relacionam diretamente com o meu projeto. A terceira é importante porque sei que algumas cenas que pretendo fazer irão dialogar diretamente com a performance. 
Tanto as súmulas das disciplinas, quanto as bibliografias são excelentes e provocativas. Confronto meu projeto a cada dia.

METAMORFOSE - O PROJETO



Quando inscrevi meu projeto para a prova de mestrado, ele se chamava METAMÓRPHOSIS - espaço/tempo/corpo/palavra,  depois comecei a achar que este nome era pomposo de mais e passei a chamá-lo de Projeto Metamorfose. Minha linha de pesquisa se inscreve em Processos de Criação Cênica, E minha orientadora é a professora Marta Isaacsson, por quem tenho grande apreço e consideração
A ideia original era criar cinco mini-peças, cada uma com 10 a 15 minutos de duração, cada uma investigando um dos mais destacados signos do teatro contemporâneo: espaço, tempo, corpo e palavra.
Esta ideia foi semi abandonada para me dar mais liberdade. Sem estabelecer número de cenas, posso pensar em fazer apenas uma. Talvez, duas. Quem sabe as cinco mesmo. 
Seja uma, ou sejam cinco, todo processo deve se instaurar pela ótica provocadora da palavra metamorfose, pois será justamente a imersão vertical nos diversos sentidos possíveis e cabíveis nesta palavra, que funcionará como indutor das leituras, das imaginações, das referências, dos textos e texturas, enfim, do trabalho criativo poético tanto do diretor, quanto dos atores, bailarinos e demais participantes.
Metamorfose será a palavra/conceito, á luz da qual serão explorados o espaço, tempo, corpo e texto. Talvez possamos imaginar, até com certa facilidade, algumas possibilidades de metamorfose no corpo do ator, mas e com o espaço? Como isso se daria? Como experimentar e conceituar a metamorfose no tempo? E no texto?

quinta-feira, 17 de março de 2011

INSPIRAÇÕES 3

jan fabre fez seu requiem for metamorfose. fonte especial de inspiração. jan fabre é um artista que transita em várias áreas das artes, ele é multi e faz parte de um seleto time que reúne os seis maiores diretores do teatro contemporâneo. o google diz que ele é é um artista, dramaturgo. encenador, coreógrafo e designer belga.  tem vários fragmentos de coisas dele no youtube. 

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INSPIRAÇÕES 2

Huesos Rotos é um espetáculo da compañía de danza Butoh 0.618 da cidade do méxico. coloquei-os aqui como uma das minhas inspirações porque a mi, me gusta mucho el butoh. com certeza, esta cia não será a única referência, mas são importantes quando pensa na possibilidade de propor uma forma brasileira de butoh. seria isto possível? bem, eles propuseram isso no méxico, então, por que não no brasil? penso e não lembro de ninguém, bailarino ou ator, de porto alegre, que se dedicasse a pesquisar nesta área dominada pelas cias. japonesas. sankai juku é o maior exemplo. já veio duas vezes no em cena. kazuo ohno maravilhoso criador deste tipo de dança. acho lindo e gostaria muitíssimo de incluir esta linguagem, de alguma maneira, em algumas das cenas.

INSPIRAÇÕES 1

Descrição de uma cena: METAMORFOSE EXPERIMENTO 1- apenas uma possibilidade: local: cruzamento importante da cidade, local movimentado (esquina democrática? largo glênio peres?). final da madrugada. o amanhecer se aproxima. os primeiros pedestres começam a surgir. Um caminhão  azulado para no meio do cruzamento. tripulantes do caminhão descem a abrem a porta traseira. quando abrem a porta, sai lá de dentro uma espessa fumaça e uma forte luz âmbar azulada. o caminhão tem que ter a aura de uma nave espacial. Homens (?) surgem na carroceria do caminhão e saem do meio da fumaça para descarregar onze ovos dourados feitos com material rústico, gosmento e de aspecto pegajoso. depois de descarregar o caminhão os homens embarcam e o caminhão vai embora. logo os ovos começam a abrir-se um por um. de dentro deles começam a sair corpos estranhos (alienígenas? humanos? animais?). num primeiro momento parece que nenhum deles vai resistir na nossa atmosfera terrestre. passado um momento (de susto?) eles começam a se mover cada vez com mais agilidade, realizam proezas acrobáticas e somem. musica? poderia ser uma surpresa se entrasse musica logo após a partida do caminhão. ou será que não é nada disso?

quarta-feira, 16 de março de 2011

METAMORFOSE



Metamorfose:
[Do gr. metamórphosis.]
Substantivo feminino.

1.
Transformação de um ser em outro.
2.
Mudança de forma ou de estrutura que ocorre na vida de certos animais, como os insetos e os batráquios.
3.
Alomorfia.
4.
P. ext. Mudança, transformação.
5.
Fig. Mudança notável na fortuna, no estado, no caráter de uma pessoa.

ilustração: metamorfose 1, proença moutinho, 2007 - 2009 Licenciatura em Ilustração, Bath University * (BA) Illustration Degree, Bath University *** 2003-2007 Licenciatura em Artes Plásticas, ESAD, Caldas da Rainha, Portugal