quarta-feira, 25 de abril de 2012

METAMORFOSE DOS SAPOS


Os sapos passam por uma metamorfose completa. Os ovos são postos na água, onde nascem os jovens girinos, que possuem cauda e brânquias externas, mas não têm pernas. Com o crescimento e desenvolvimento do girino, as brânquias desaparecem, as pernas posteriores surgem, depois as anteriores, e a cauda encolhe. Posteriormente, a cauda desaparece, resultando num sapo adulto jovem.

METAMORFOSE - GRUPOS


Esta pesquisa pretende envolver três grupos distintos. O GRUPO 1, chamado de Fornecedores de Metamorfose é formado pelos colaboradores das mais diversas áreas do conhecimento humano, que foram convidados, e se dispuseram, a responder como percebem a metamorfose em cada uma de suas áreas de atuação profissional.
O GRUPO 2,  os ditos Atravessadores de Metamorfose, composto por artistas de diversas áreas, que receberam a incumbência de examinar o material bruto, opinar e criar sobre ele, e, ainda, de sugerir e estimular o elenco na busca de alguma solução cênica. O elenco, então, forma o GRUPO 3, nomeado Tradutores de Metamorfose, que é composto por atores, bailarinos e músicos.
Ilustração: foto do espetáculo Metamorfose, da Cia. Girino Teatro de Animação. foto de Sabrina Valente.

PRIMEIRA CHAMADA PARA O ELENCO

A partir da segunda quinzena de março comecei a divulgar um chamado para iniciar o processo de formação de um elenco para encarar o processo de tradução do material bruto que estou começando a receber. Quase 70 pessoas me escreveram pedindo informações sobre o projeto e seu funcionamento. Destas, apenas 4 se colocaram integralmente a disposição da pesquisa. Por isso, vou lançar para maio uma nova convocação para chamar atores, bailarinos, músicos, pessoal que trabalha com vídeo e informática, gente da biologia, da engenharia, enfim, todos os que quiserem se agregar ao trabalho.
O grupo que reúne atores, bailarinos e músicos vai ensaiar nas segundas, quartas e sextas, das 19h30 às 22h30 até meados de agosto quando deverei apresentar alguma cena, fragmento ou material cênico in process

EM QUE PÉ ANDA MEU PROJETO 3

O projeto Metamorfose vem se metamorfoseando ao passar do tempo. Cada vez que repenso a proposta, ela se modifica.  Na formulação do projeto eu utilizei como subtítulo a seguinte frase: Metamorfose - Um olhar polifilético sobre processos de transformação a partir do cruzamento entre teatro e ciências como indutor na criação de um artefato cênico. Além de longo, o subtítulo foi me parecendo confuso. Numa tentativa de buscar maior objetividade a frase se transformou e ficou assim: Metamorfose - A criação polifilética de um artefato cênico a partir do cruzamento entre arte e ciências. Assim, neste exato momento, a pesquisa constituí-se em duas fases: (1) Prospecção: contatar com especialistas de diferentes áreas do conhecimento humano para descobrir o que é, como se dá e/ou em que se caracteriza a "metamorfose" em suas disciplinas, reunindo, desta maneira, uma coleção de respostas que chamarei de material bruto. (2) Tradução: investigar, com atores e bailarinos, como traduzir o material bruto obtido nas várias ciências em ente(s) poético(s), que é como o teórico teatral argentino Jorge Dubatti denomina o material sensível contido no resultado final de uma poética cênica, no caso, impregnada pela palavra-tema.
Estamos avançando. Vagarosamente, mas avançando.

domingo, 22 de abril de 2012

PRIMEIRO MÊS DE AULAS

Completamos um mês de aula. Muita coisa pra ler. Aulas todas as manhãs. Tarefas à vista. Cada professor teve sua primeira rodada de quatro encontros. Qual seria o balanço do primeiro mês? Em particular, um certo nervosismo, ansiedade e insegurança quanto ao meu projeto. Em geral, muitas vezes, sinto falta de uma aula expositiva, mais objetiva e, até mesmo, conclusiva sobre este ou aquele assunto. Sinto falta daquele professor de filme americano que vai pro púlpito embebido de sabedoria e destrincha o assunto, como diria meu pai. Algumas vezes discutir entre nós, colocar nossas experiências, saberes e entendimentos, é bem importante. Mas, por outro lado, podemos cair numa terra rasa com discussões pobres, nem sempre por falta de cultura, mas por falta do hábito de colocar nosso pensamento na forma de palavras que se encaixem num discurso coerente. Aí faz falta “aquele” professor.