Em que pé anda meu projeto? Não anda. Simplesmente, não anda. Não apenas por falta de tempo, mas também porque me desapaixonei pelo projeto. Comecei a achar que minha proposta é ultrapassada, visto que se ancora em ideias contidas num livro escrito em 1999. Muitos dos procedimentos esmiuçados no livro Teatro Pós-Dramático, eu mesmo já tive oportunidade de experimentar e/ou utilizar. Percebo agora que, durante os anos 90, trabalhei sobre alguns conceitos e procedimentos ligados a uma pesquisa que Jerzy Grotowski desenvolveu nos anos 60, principalmente no que diz respeito à relação ator-espectador, palco-plateia, espaços não convencionais, disciplina no trabalho do ator, etc. Depois, vieram ideias que Tadeusz Kantor perseguiu em seus trabalhos realizados na década de 70. E agora, meu projeto propõe uma investigação sobre conceitos pós-dramáticos levantados por Lehmann num livro publicado em 99, que busca explicar procedimentos utilizados por grupos e encenadores dos anos 70, 80 e 90. Logo depois da prova para ingressar no mestrado, repensei meu projeto e comecei e sentir que estava trabalhando sobre algo que eu já vinha investigando: teatro contemporâneo. A pesquisa somente poderá interessar se aprofundar oos conceitos de corpo, espaço, tempo e palavra, levando-os para além do que Lehmann explicita em seu livro.
O que importa é a palavra mote: metamorfose. Esta palavra deve detonar e conduzir o processo de criação de um ou mais artefatos cênicos.
ilustração: metamorfose 2, proença moutinho
ilustração: metamorfose 2, proença moutinho
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