segunda-feira, 16 de maio de 2011

EM QUE PÉ ANDA MEU PROJETO


Em que pé anda meu projeto? Não anda. Simplesmente, não anda. Não apenas por falta de tempo, mas também porque me desapaixonei pelo projeto. Comecei a achar que minha proposta é ultrapassada, visto que se ancora em ideias contidas num livro escrito em 1999. Muitos dos procedimentos esmiuçados no livro Teatro Pós-Dramático, eu mesmo já tive oportunidade de experimentar e/ou utilizar. Percebo agora que, durante os anos 90, trabalhei sobre alguns conceitos e procedimentos ligados a uma pesquisa que Jerzy Grotowski desenvolveu nos anos 60, principalmente no que diz respeito à relação ator-espectador, palco-plateia, espaços não convencionais, disciplina no trabalho do ator, etc. Depois, vieram ideias que Tadeusz Kantor perseguiu em seus trabalhos realizados na década de 70. E agora, meu projeto propõe uma investigação sobre conceitos pós-dramáticos levantados por Lehmann num livro publicado em 99, que busca explicar procedimentos utilizados por grupos e encenadores dos anos 70, 80 e 90. Logo depois da prova para ingressar no mestrado, repensei meu projeto e comecei e sentir que estava trabalhando sobre algo que eu já vinha investigando: teatro contemporâneo. A pesquisa somente poderá interessar se aprofundar oos conceitos de corpo, espaço, tempo e palavra, levando-os para além do que Lehmann explicita em seu livro.
O que importa é a palavra mote: metamorfose. Esta palavra deve detonar e conduzir o processo de criação de um ou mais artefatos cênicos. 
ilustração: metamorfose 2, proença moutinho

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